quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Atravessia

O olhar de alguns do outro lado da minha rua me confundem,vezes me assustam,outrora me insriga. A vontade de arrancar do peito a dor da menininha de aparência perdida, de feição sofrida...vontade de atravessar pegando na mão dela, da velhinha e do jovem que parece não ver que se atravessar com o sinal não fechado,algo de não esperado pode acontecer. Mas não dá, talvez ele goste do inesperado, talvez a velhinha queira certa independência ou a meninha nem tenha a feição sofrida, o sofrimento era meu, o olhar perdido foi atribuído a estória com pouco enredo.
E agora? O sinal está fechado só para minha visão, os carros me deixaram passar pelo espanto, ou eu apenas queira experimentar uma liberdade perigosa sem carros, ou sinais, ou pessoas..a minha própria.
Logo, é e será assim, há os carros para alguns, os impecílios da idade ou da estória já presenciada, a experiencia de atravessar na faixa, a vontade de se arriscar correndo é unica de cada um e cada qual, não dá para interferir, nem arrancar com as mãos, ou pelos menos servir de guia, dá pra olhar, mandar um oi se esse for bem recebido, e simplesmente estar, do lado da minha rua, experimentando atravessar ou não.

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