quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Bateu vontade.
Aquela sem nome que misturou com a fome de não sei o quê.
Parecendo coisa de mulher grávida mesmo, loucura! Não vou sossegar. Ih, não! Até o sono está esperando a vontade passar.
Olho pro telefone e quero que por um milagre ele toque, ou apareça uma mensagem divina me explicando,me acalmando os nervos pro sono chegar.
Mas não toca.
O maldito já se cansou de acender e desligar a luz de 'bloqueado' quando eu o aperto.
Mas eu não me cansei.. Já tá na hora né?! Já esperei mais do que sempre foi suficiente, mas não percebi que era. Já quiz que me matasse a fome, a solidão, o tédio. Mas me esqueci que não era medicina ou terapia, era uma pessoa e só.Não cura essas coisas. A gente só as esquece. E vai vivendo. Vai falando e querendo e sendo.Esquece da fome e o tédio parece não mais existir. Até que suas fichas, a paciência, ou até aquela infinidade de amor diminui.
Ela se vai, leva a capa da solidão. Que volta, ah! volta com tudo, pois estava entediada de ficar guardada, trouxe até uma amiga, uma tal de saudade.
Vem as duas me acompanhando.
Vou eu, procurar outra capa.Outra terapia, outro banco pra eu depositar o amor que ficou. Quem sabe eu consiga esconder a solidão por mais um tempo.
Talvez eu ache o nome dessa vontade, o sono venha. E eu descubra que esse vazio que eu sinta seja só fome.!

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Abstrações

Só se quis exteriorizar.. limpar essa maquiagem pintada por tantos sem dar seu pitaco! Não escolheu suas cores!
Foi sendo uma tela sem traços de si! A imagem a ser representada como uma pseudo protagonista de uma vida com pseudos sentimento e emoçoes contrárias do que o rosto mostrava.
Abafando sussurros de felicidade quando essa brotava a tela abstrata foi se apresentando, atuando, gritando com aquelas cores sua verdadeira forma, querendo que algo a significasse que um adjetivo correto a fosse atribuida. Não.
Não foi comprada.
Não quiz ser vendida para os que a acreditavam ver o cinza ao invéz daquele preto dor.
Ficou ali, a exposição continuando,os olhares julgadores, até quando aqueles malditos não entendedores das verdadeiras formas pudessem enxergar.